Piloto mineiro supera deficiência nas motos

Piloto mineiro supera deficiência nas motos

Cristiano é exemplo de superação no Sertões
Foto: Gustavo Epifanio

 

Quem conversa com Cristiano Teixeira, 39, criador de suínos em Andradas, nem imagina que por trás do falar manso há um grande lutador que a cada dia supera sua deficiência. Ele perdeu uma perna há seis anos, mas com uma prótese e uma moto adaptada, disputa seu primeiro Rally dos Sertões.

 

Cristiano conta que gostava de pilotar motos desde a infância, mas só começou a participar de campeonatos em 1998. Três anos depois fez sua primeira participação em etapas do brasileiro de rali cross-country, e mais tarde também correu provas de enduro FIM (seguindo as regras da Federação Internacional de Motociclismo), até que uma fatalidade pausou sua carreira.

 

Em 2006 ele perdeu a perna esquerda, cortada acima do joelho em um acidente com máquina agrícola, mas não se deixou abalar. “Lembro que na hora pensei como eu ia andar de moto, mas no hospital já tinha certeza que iria dar certo, e deu, tanto que estou aqui no rali”, contou Cristiano.

 

“Foi só o tempo da recuperação, em torno de quatro ou cinco meses, aí já coloquei a prótese e voltei a andar no enduro de regularidade, com uma moto menor, até me acostumar com a nova situação”, explicou o piloto.

 

Três anos depois ele voltou para uma moto maior e para os ralis baja e cross-country, já visando um antigo sonho de participar do Sertões. “Fui trabalhando para isso, acostumando com a moto, e estou aqui hoje”, afirma. Em 2012 Cristiano fez sua estreia na competição, na categoria production aberta.

 

A Suzuki DRZ 400 que ele pilota possui apenas uma adaptação, com a troca de marcha e o freio juntos no pé direito. Na hora da pilotagem, a mudança no veículo, junto com a prótese, atrapalha um pouco, mas ele continua se superando.

 

“Tem situações, principalmente de alta velocidade em estrada, que para ficar de pé é um pouc o mais difícil”, conta o piloto. “Nas curvas para a esquerda também tenho um pouco de dificuldade, mas tento caprichar o máximo possível nesse tipo de manobra, para ser sempre competitivo”, completa.

 

Na véspera de terminar o Sertões, Cristiano foi um dos poucos pilotos que conseguiu completar todas as etapas da competição. Ele terminou o nono dia de prova na sexta posição em sua categoria, e 14ª na geral.

 

“Tive alguns erro no começo, principalmente de planilha, que me prejudicaram um pouco, mas estou dentro do que me propus a fazer”, comenta o piloto. “Ano que vem quero uma moto mais competitiva, e vou trazer uma bagagem de maior experiência que estou conquistando aqui”, finalizou.

 

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